Exatamente 2.999 dias. Esse foi o longo período de seca pelo qual o Vasco passou desde o título do Campeonato Carioca de 2003 até o da Copa do Brasil de 2011, conquistado na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira. Foi o segundo maior jejum de títulos da história do clube, menor apenas do que o de 3.164 dias, ocorrido entre 1936 e 1945 (ambos com conquistas estaduais). Após a partida contra o Coritiba, os jogadores cruz-maltinos se mostraram aliviados nas declarações.
– Este era o sonho de todos no clube: desde a cozinheira chegando até o presidente. Quebramos esse jejum com estilo. Foi uma conquista nacional inédita para o clube. Estou muito feliz, marcamos nosso nome na história – afirmou o zagueiro Dedé.
O técnico Ricardo Gomes fez coro ao elenco e ressaltou a importância de ter deixado o jejum para trás. Antes do jogo contra o Avaí, em Florianópolis, pela semifinal da Copa do Brasil, o treinador havia se mostrado incomodado com o fato ao dizer que o período de títulos do Vasco era muito maior que o sem títulos.
Jejum | Período |
---|---|
3.164 dias | 1936-1945 |
2.999 dias | 2003-2011 |
2.628 dias | 1958-1966 |
– É só olhar para trás. A história do Vasco não se apaga e não permite um jejum desses. Conseguimos resgatar a credibilidade do clube junto aos seus torcedores de maneira rápida. E esta união foi determinante para chegarmos até aqui. Trabalhamos muito e sem perder tempo – afirmou.
Entre 2003 e a Copa do Brasil deste ano, o Vasco viveu alguns períodos difíceis. O pior deles foi em 2008, quando acabou rebaixado no Campeonato Brasileiro. Afundado em dívidas e sofrendo pressão de todos os lados, o presidente Roberto Dinamite trouxe Rodrigo Caetano para comandar o departamento de futebol. Ali começou a reestruturação. No ano seguinte, veio a conquista da Série B que, por não ser uma conquista de primeira divisão, não serve de parâmetro.
Defesa e disciplina em alta
E se o assunto são os números, a derrota – com sabor de vitória – de 3 a 2 para o Coritiba foi a única na campanha do título. Nos 11 jogos disputados, o time sofreu apenas nove gols e, curiosamente, os três jogadores que estiveram em campo em todos eles são peças da defesa: Fernando Prass, Dedé e Anderson Martins. Outro ponto positivo refere-se ao aspecto disciplinar: o time comandado por Ricardo Gomes não levou nenhum cartão vermelho na competição.
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