O advogado Arthur Lavigne, que representa o ex-jogador Edmundo, preso na madrugada desta quinta-feira, em São Paulo, afirmou que vai dar entrada no pedido de habeas corpus em favor do atleta, no Tribunal de Justiça do Rio, no Centro, ainda nesta manhã. No pedido, Lavigne disse que vai protestar contra a prisão, reafirmando que o crime está prescrito e a punição deve ser extinta.

– O prazo de prescrição é de oito anos, a partir da data da condenação, em março de 1999, e não de 12 anos, como entendeu o juízo da Vara de Execuções Penais (VEP) – explicou o advogado.

Nesta tarde, Lavigne afirmou que pretende se reunir com a desembargadora Rosita Oliveira Neto, da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que analisará o caso, podendo, segundo explicou, decidir sobre o pedido de habeas corpus ainda nesta quinta.

‘Entendimento absurdo’

– O entendimento de que o prazo de prescrição é de 12 anos é absurdo – reafirmou Lavigne, explicando que não fez o pedido de habeas corpus na quarta-feira porque só teve acesso ao processo que corre na VEP às 18h.

Lavigne disse que falou com Edmundo na noite de quarta-feira e que ele está bem e confiante de que o habeas corpus será concedido.

Policiais deixaram o Rio, na manhã desta quinta, para buscar o ex-jogador Edmundo, que foi preso durante a madrugada num flat em São Paulo, após uma denúncia anônima. A assessoria da Polícia Civil, no entanto, não deu detalhes do número de carros e de agentes que farão a escolta do ex-jogador até o Rio.

Ele aguarda a chegada dos agentes numa cela do Setor de Investigações Gerais (SIG), da 3ª Seccional em Pinheiros, na Zona Oeste paulista. Durante a madrugada, o ex-jogador foi ouvido pela polícia e fez exame de corpo de delito no Insituto Médico Legal. Segundo o delegado Eduardo Castanheira, responsável pela prisão, o ex-jogador não esboçou reação ao ser abordado pela polícia. Ele ainda tentou ligar para seu advogado, mas não conseguiu.

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