Governo Federal não pretende manter Auxílio Emergencial; professora da UFMG defende extensão do benefício: "sem sustento, ninguém vai ficar em casa"

Por José Loiola Neto

A última parcela do Auxílio Emergencial foi paga em Dezembro de 2020. Segundo o ministro da economia Paulo Guedes, o Governo Federal não pretende manter o benefício. 

Ao longo do ano passado, o pagamento permitiu a sobrevivência de quase 68 milhões de pessoas no Brasil, apesar dos graves impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. 

Agora de todos os beneficiados, 19 milhões devem contar apenas com o Bolsa Família no valor de R$ 212,00 e 49 milhões, a maioria trabalhadores informais estarão à própria sorte. 

O primeiro Auxílio Emergencial proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro foi de R$ 200,00, no Congresso, o valor subiu para R$ 600,00. 

Em 2020, de Abril a Agosto foi este o valor pago pela Caixa Econômica Federal e de R$ 1.200,00 para mulheres chefes de família; de Setembro a Dezembro, os valores caíram pela metade. 

A professora e doutora da Faculdade em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG Débora Freire defende que enquanto houver pandemia do novo coronavírus, é necessário que se tenha um auxílio emergencial para garantir a segurança e sobrevivência das pessoas mais vulneráveis. 

- O auxílio emergencial é uma maneira de fazer com que as pessoas possam ficar em casa, estamos falando basicamente dos informais, dos desempregados e dos autônomos. Os meios de fazer com que as taxas de contágio fiquem mais controladas é de fato garantir o sustento das pessoas para elas poderem ficar em casa. Sem sustento, ninguém vai ficar em casa exatamente porque as pessoas precisam ganhar o seu sustento na rua. 

Débora explica que a manutenção do auxílio emergencial para 2021 se justifica pela importância social de evitar também uma pandemia de fome e uma explosão da extrema pobreza na sociedade brasileira. Além disso, tem a própria importância econômica. Segundo ela, apesar de implicar em novos gastos para o governo federal, a prorrogação do benefício aumenta a capacidade de consumo das famílias, aquece a atividade econômica e com  isso acelera o processo de recuperação econômica pelo qual o Brasil vai passar. 


Com informações Agência Rádioweb

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